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Daisypath Happy Birthday tickers

27 abril 2006

TicTac!

Tictac! Tictac! O relógio não pára e os ponteiros estão sempre a rodar. Creio que a falta de tempo é a base de muitos dos nossos problemas. Anda toda a gente numa correria, sempre com imensas coisas para fazer e a “deitar os bofes pela boca”. O emprego, o trânsito e tantas outras coisas tiram-nos o tempo para nos dedicarmos a nós, à família e aos amigos. Quantas e quantas coisas nós deixámos de fazer por nós por que não temos tempo? E isso deixa-nos stressados. E quando estamos stressados, discutimos mais. E se discutimos ficamos infelizes… Onde raio pára o tempo de qualidade que cada um de nós merece? Cheguei à brilhante ( !) conclusão de que ou organizamos o tempo ou somos (des)organizados por ele.

“O tempo é aquilo que nos foge. Quanto mais cheia está a vida de obrigações, responsabilidades, compromissos, afazeres, tarefas e hábitos, mais depressa parece que nos escorre por entre os dedos. Quem nunca experimentou a sensação de passar alguns meses em intensa actividade, em que os dias parecem preenchidos de manhã à noite, mas que depois, olhados à distância, ficou a sensação de que o tempo se comprimiu em algumas semanas ou dias e ficamos sem saber para onde foi todo esse esforço e toda essa agitação. Cada vez mais os dias parecem comprimir-se na memória como num cenário bidimensional onde aparece aqui e ali uma imagem do que ficou feito, mas sem densidade nem substância. Sem a qualidade que, por vezes, esse tempo passado em lazer, mesmo sem fazer nada, durante umas férias, por exemplo, parece ter. Então, quando temos tempo para parar, faz-se normalmente a queixa frequente: ‘até parece que ainda ontem era criança ou adolescente e tinha tempo para tudo’. Houve um tempo de qualidade nas nossas vidas que custa manter e recuperar nos tempos que correm.” (Simplifique a sua Vida - Elaine St. James)

Todas as relações – família, amigos ou colegas – dependem do investimento afectivo contínuo que estamos dispostos a dar. Todos nós temos necessidades que precisam de ser preenchidas através do tempo dos outros, precisamos que “estejam lá” quando é preciso – sempre que é preciso – e não apenas quando é possível. Claro que esse investimento, este “estar lá” é tão mais necessário quanto mais profunda for a relação. Mas o ponto fulcral é que para “estar lá” é preciso ter tempo para eu dar aos outros e para os outros me poderem dar a mim. Se eu não tenho tempo, não posso “estar lá” quando sou necessária, mas também não posso ser “encontrada” quando preciso que “estejam cá” para mim.

Por esse motivo, ultimamente estou a tentar utilizar a agenda não só para me relembrar de aniversários e anotar pensamentos, despesas e resultados do futebol, mas também para conseguir organizar o meu tempo, para me ajudar a colocar as minhas prioridades em ordem. Tenho a esperança que, se conseguir organizar o meu tempo, este vai ser de qualidade. Para mim e para os que me rodeiam.

3 comentários:

Anónimo disse...

Talvez isto ...

"What makes people change?
What makes people want to change their personality, try new, different things that ultimately change the way they once were forever?
What makes people who you thought was on the same wavelength as you go astray and fall a few steps behind?
What makes people want to change themselves so drastically that you don't even recognize them anymore?
What makes you the same?
Why are you the same?
Why is everyone else different?
Why is everyone else changing, but you're not?
What makes you so sure that really, everyone else is changing, when maybe you're the one who changed?
Somehow, things are more comforting when you're alone.""

... fosse mais apropriado para o " Anjinho ou diabinha?" mas não quis deixar de partilhar isto contigo.

Tu não me conheces, mas eu sinto que te conheço bem... e gosto do que conheço. Não mudes, fica assim.

Já agora, não podias colocar fotografias tuas no teu blog?

[T.S.Q.S.]

McBrain disse...

Se por um lado é verdade que o trânsito e outros problemas nos tomam muito do nosso tempo, também é verdaden que hoje em dia queremos mais e mais, e fazer mais e mais...e claro, o tempo não estica! Eu acho que a maior parte das pessoas quer fazer mais do que o tempo lhe prmite (eu incluído!)

Quando escreves
todos nós temos necessidades que precisam de ser preenchidas através do tempo dos outros, precisamos que “estejam lá” quando é preciso – sempre que é preciso – e não apenas quando é possível.

...estás a falar do trabalho, não é? É lá que devemos estar "sempre que é preciso" é não quando é possível, certo?

McBrain disse...

Já agora, um fenómeno comum também acontece quando passamos uma ou duas semanas em que não se tem tempo para nada, absolutamente nada a não ser, por exemplo, trabalho!

Já reparaste que depois parece que nem sabes o que hás-de fazer com tanto tempo?