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08 setembro 2007

Eros e Psique (II)

Quando as suas irmãs entraram no castelo e viram aquela abundância de beleza e maravilhas, foram tomadas de inveja. Notando que o esposo de Psique nunca aparecia, perguntaram maliciosamente sobre sua identidade. Embora advertida pelo seu marido, Psique viu a dúvida e a curiosidade tomarem conta do seu ser, aguçadas pelos comentários de suas irmãs.

Eros alertou-a que as suas irmãs estavam a tentar fazer com que ela visse o seu rosto, mas se assim ela fizesse, ela nunca mais o veria novamente. Além disso, ele contou-lhe que ela estava grávida e se ela conseguisse manter o segredo ele seria divino, porém se ela falhasse, ele seria mortal.

Ao receber novamente suas irmãs, Psique contou-lhes que estava grávida, e que sua criança seria de origem divina. As suas irmãs ficaram ainda mais enciumadas com a sua situação, pois além de todas aquelas riquezas, ela era a esposa de um lindo deus. Assim, trataram de convencer a jovem a olhar a identidade do esposo, pois se ele estava escondendo a sua cara era porque havia algo de errado. Se era realmente belo o jovem, por que se ocultava nas sombras da noite? Invadida pela dúvida e temor, Psique acabou por aceitar o conselho maldosamente planeado pelas irmãs: deveria preparar uma lâmpada e uma faca afiada: com a primeira, explicaram as invejosas, poderia ver o rosto do esposo; com a segunda, matá-lo se fosse o monstro.

À noite, retorna Eros, ardente e apaixonado como sempre. Enquanto se entrega ao amor, Psique esquece o próprio medo e a dúvida, mas depois, quando Eros adormece, a incerteza volta a invadir-lhe o coração. Silenciosa, apanha a lâmpada e ilumina o rosto do esposo. Para sua surpresa, o que viu porém deixou-a maravilhada. Um jovem de extrema beleza estava repousando com tamanha quietude e doçura que ela pensou em tirar a própria vida por haver dele duvidado. Enfeitiçada por sua beleza, demorou-se admirando o deus alado. Não percebeu que havia inclinado de tal maneira a lâmpada que uma gota de óleo quente caiu sobre o ombro direito de Eros, acordando-o.

Ele desperta, sobressaltado, e percebe o acontecido. Com profunda tristeza, Eros vai embora. E tentando alcançá-lo Psique apenas ouve-lhe ao longe na escuridão: "O amor não pode viver com desconfiança." Eros volta para junto da mãe, pedindo-lhe que cure seu ferimento no ombro e pede a Zéfiro que leve Psique para o reino de seu pai. Mas ao contar o que ocorreu, Afrodite percebe que foi enganada e passa a alimentar apenas um pensamento: encontrar a princesa rival e vingar-se.

Quando Psique se recompôs, notou que o lindo castelo em vivia desaparecera, e que estava bem próxima da casa dos seus pais. Psique ficou inconsolável. Tentou suicidar-se atirando-se para um rio próximo, mas as suas águas trouxeram-na gentilmente para a sua margem. Foi então alertada por Pan para esquecer o que se passou e procurar novamente ganhar o amor de Eros.

Por sua vez, quando suas irmãs souberam do acontecido, fingiram pesar, mas partiram então para o topo da montanha, pensando em conquistar o amor de Eros. Lá chegando, chamaram o vento Zéfiro, para que as sustentasse no ar e as levasse até Eros. Mas, Zéfiro desta vez não as ergueram no céu, e elas caíram no despenhadeiro, e morreram.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá, gostaria de te convidar para visitar meu blog recém-iniciado:
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Um abraço,

Marcelo Novaes