Se é verdade que as conversas são como as cerejas, não é menos verdade que as discussões são como bolas de neve. Ao princípio, são apenas um pedacito de neve que vamos empurrando por uma descida pouco acentuada, sempre a controlar a situação.
Quando por damos por ela, nós já estamos no meio da bola, a descer a encosta mais íngreme, e já não controlamos nada, bem pelo contrário, nós é que estamos a ser controlados pela neve.
Quando chegamos ao final da descida, já todos desfeitos, temos duas soluções: ou esperamos o sol derreta a neve ou abrimos caminho, de dentro da bola para fora. É sempre difícil escolher o que fazer. Eu, pelo menos, tenho sempre grandes dificuldades em sair da bola.
Mas os problemas não acabam quando já não fazemos parte da bola. É que convém voltar ao topo da montanha. Já percebemos que a descida era má – tanto que nos enrolamos (no bom sentido!!!!) com a bola. Mas, apercebemo-nos quando começamos a subir, que a descida foi uma brincadeira de crianças quando comparada com o esforço de subir.
Mas, acreditem, que o esforço vale a pena. Porque quando passamos as nuvens, a vista é magnífica e podemos ser deuses…
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