Enviaram-me um e-mail com um powerpoint sobre a fome em África, bebés,crianças e jovens esqueléticos. Não consegui chegar até ao fim. Ainda só tinha visto duas imagens e já as lágrimas escorriam pela minha cara. Como qualquer ser humano digno desse nome, essas imagens sempre me impressionaram, mas desde que o A. nasceu parece que ainda sou mais sensível a tudo o que envolve sofrimento infantil.
Fico com um aperto no coração quando vejo imagens ou leio acerca de situações destas. Estas crianças simplesmente nunca souberam o que é a felicidade, não têm qualquer hipótese de uma sobrevivência digna e,embora nunca tivessem pedido para vir ao mundo, pagam um preço demasiado alto pelos erros dos outros.
Quero sempre o melhor para o A. e todas as mães que eu conheço (e todas as mães que são realmente mães, biológicas ou não) querem o mesmo. Não posso e, sinceramente, não quero imaginar o que aquelas mulheres sofrem também ao verem os seus filhos naquele estado.
Aquelas imagens fizeram com que eu veja as coisas de uma perspectiva bem diferente da que é habitualmente a minha. Tantas vezes fico irritada, nervosa e/ou preocupada com tantas coisas que, vendo bem, são irrelevantes, que me esqueço de dar graças por tudo o que tenho.
2 comentários:
em mais...
Registo e sublinho aquilo que sempre nos falta: o ultimo paragrafo.
quando o nosso mundo parece mau, tento sempre lembrar-me que há quem esteja bem pior. conviver de perto com essas realidades diferentes da nossa faz-me ter uma perspectiva bem diferente da vida. já convive de perto com uma criança que passa fome e é maltratada, mas a mãe recusa-se a entregá-la. já vi como vivem os sem-abrigo... e mudei a minha forma de pensar e agir sobre muitas coisas. pudéssemos nós mudar o mundo!
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