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16 setembro 2009

Professores

A propósito de um comentário que fiz a esta mensagem, lembrei-me do meu professor de História do 10º e 11º anos, que por acaso também foi o meu director de turma. Passava a vida a falar de tudo menos de história e uma das expressões que mais me divertiu foi qualquer coisa como"eu cada vez sou mais um homem da noite. Fico a ler por vezes até às 3 da madrugada". Na altura, achava as aulas dele muito estranhas e já me disseram que ele gostava de mim (nada de pensamentos maliciosos). Lembro-me da última vez que o vi, num jantar de turma para o qual ele foi convidado. Vi-o em baixo, tristonho e deu-me pena por ele já não ser como era. Só lhe dei valor quando deixou de ser meu professor.

Por causa dele, lembrei-me também do meu professor de Geografia do 9.º ano que, quando me viu em Setembro do ano passado, reconheceu-me logo como tendo sido aluna dele. Eu confesso que não me lembrava da cara dele, embora me lembrasse dele como professor. Fiquei boquiaberta quando ele me disse que se lembrava perfeitamente de mim e até do lugar onde me sentava. Disse a toda a gente, como se fosse motivo de orgulho, que eu já tinha sido aluna dele. E quando lhe perguntavam se eu era boa aluna respondia: "Excelente". Hoje, temos uma relação amigável e muito divertida.

E ainda no 3.º ciclo a professora de história com o meu nome que escandalizava todos porque tinha um brinco na orelha... "fora do sítio". Na altura, um brinco na parte de cima da orelha era muito estranho... mas era uma professora porreira que desenvolveu em mim o gosto - que agora é paixão - pelo Egipto Antigo.

A minha professora primária era uma professora à moda antiga, que ainda dava réguadas e impunha respeito só de entrar na sala. Calava-nos só de olhar para nós. Mas também exiga muito e fazíamos dar o nosso melhor. Graças a ela, o meu 5.º ano foi fácil, fácil, de tal forma vinha preparada.

E por fim, porque os últimos são os primeiros, a minha professora de matemática do 12.º ano. Foi a professora que até hoje mais me marcou pela positiva. A paciência com que explicava a "matéria", as aulas extra que nos deu para preparar melhor para a Prova Específica (que no meu caso valeu 50% da média para a entrada na Universidade), a dedicação que mostrava, foi para mim o exemplo de professora que todos os professores deviam seguir.

Tive professores bons e outros maus, outros que passaram sem deixar memória. Infelizmente há tantos que não me lembro. A todos eles, obrigada.

(sim, estou melancólica!)

4 comentários:

Filipa disse...

Ai o Prof de História do 10º e 11º!! Gostava tanto de ti que adorava pôr-te a ler só para te ouvir engasgar no "Libelalismo" ;)
Bjs
Filipa

Filipa disse...

Por falar nisso, onde estarão os meus livros de história?! Que estão recheadinhos de pedacinhos de história nossa tb! QQ dia tenho de os procurar ;)
Bjs
Filipa

AS disse...

Ah Filipa, nunca me "perdoaste" o Libelalismo. :)E os livros de História são um tesouro. Guarda-os bem...

McBrain disse...

Tantos episódios interessante.

Lembro-me do nosso querido prof. de Filosofia do 11º ano, que dava aulas de óculos de sol, lembro-me da Teresa de Programação, da Jacinta de IInformática, da Ana Maria de Análise de Sistemas.

Lembro-me da prof. de Inglês que o máximo que me deu num teste foi 16, para me dar 19 de nota final :-), lembro-me da v/ prof de História que foi convosco para a Sé, lembro-me da Julieta de Economia, da prof. de Filosofia do 10º ano, toda formal...

E podia ficar aqui mais uns tempos a puxar pela carola e lembrar-me de mais!

...mas o mais marcante é mesmo o famoso episódio do "OH GORDA!", ao qual o prof. de Filosofia, ao olhar para a "vítima" desse episódio, se limitou a comentar "Ah, mas afinal foi só isso?", confirmando a gordura da mocinha.
Esse sim, foi o episódio do nosso ensino secundário. :.-)