À escola do século XXI pede-se uma imensa e ainda mal definida missão. Nunca como agora o mundo mudou tanto e tão depressa. Nunca como agora o progresso das disciplinas evoluiu a um ritmo tão estonteante que mal conseguimos acompanha-lo. Nunca como agora houve tantas fontes de informação e de conhecimento. Nunca como agora houve tantos e tão rápidos meios de transmissão dessa informação e desse conhecimento. E se mal conseguimos digerir toda esta avalancha de saber, muito menos estamos em condições de perceber as implicações que ela terá na sociedade, na família, nas relações sociais e afectivas, na construção dos indivíduos na estrutura comunitária que será o mundo daqueles que agora iniciam a sua aprendizagem. A escola tem que mudar, todos o sabemos. Aquilo a que se chamamos educação no sentido de aquisição e transmissão de saberes tem muito pouco que ver com o que foi a educação daqueles que hoje têm como tarefa ministra-la. Que nunca foram preparados para protagonizar a revolução que o ensino precisa - e este não é um problema só de Portugal. Em todos os países ditos civilizados se procuram novas fórmulas, novos conceitos, novas organizações para uma escola cujas estruturas assentam em modelos com séculos de existência, que ao longo dos tempos foram sendo adaptadas às mudanças sociais mas que se revelam agora completamente inadequados às exigências do novo milénio.
Sofia Barrocas - Notícias Magazine
1 comentário:
Boa reflexão, merecia inclusive ser aprofundada!
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