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Daisypath Happy Birthday tickers

09 setembro 2013

Nem todos os finais podem ser felizes

"Era uma vez uma adolescente de 14 anos que podia ser qualquer outra adolescente. Mas não era. Ela não gostava das músicas que as suas amigas gostavam, não gostava dos rapazes da sua idade. Sentia-se muitas vezes deslocada. Não que isso fosse estranho durante a adolescência, mas cada um sente de uma forma diferente.

Foi então que ele apareceu. E apesar de no início ela não lhe achar piada nenhuma - ele tinha 19 anos, comportava-se como tivesse a idade dela - mas com a insistência dele foi-se aproximando. E um dia, depois de uma festa da escola, ele beijou-a. Ela ficou surpreendida e quando ele a largou, ela simplesmente virou-lhe costas, deixando-o sem saber o que fazer.
No dia seguinte, foi espera-la a casa para a acompanhar à escola e esclarecer. Disse que gostava mesmo dela e que já não sabia o que fazer para namorar com ela. Que o beijo lhe tinha tirado o sono e que ela era tudo o que ele queria, mesmo com  aquela diferença de idade. E foi assim que ela não lhe resistiu mais e
começaram um namoro que tinha tudo para dar certo.

Até um dia em que houve uma festa. Ele foi, mas ela não. Ele voltou diferente e ela reparou. Ela perguntou e ele confessou: tinha estado com uma miúda na dita festa.
Ela não gritou, não chorou, não fez uma cena. Ela, que era sempre tão emocional, estava tão calma como ele nunca a tinha visto. Não podia ser bom sinal. E não foi. Ela simplesmente disse-lhe "então fica com ela. Comigo não ficas mais." Foi-se embora e nunca mais lhe falou. Cruzaram-se várias vezes, ele tentou falar com ela, ela nunca deixou. Entretanto ele foi para a faculdade e ela continuou na escola.

Vários anos passaram. Foram precisos mais de três anos para voltar a confiar os sentimentos a alguém. E foi feliz. Mas teve que escolher entre o namoro e a universidade e ela nem pensou duas vezes: fez as malas e foi para o ensino superior.

Cinco anos depois recebeu um telefonema: era ele. Disse-lhe que nunca a tinha esquecido e que precisava dela. Que tinha feito muitas escolhas erradas e que agora queria voltar ao caminho certo, mas precisava dela. Que se matava se ela não o quisesse de volta.
Ela telefonou então à mãe dele e perguntou-lhe o que passava: ficou a saber que se tinha metido nas drogas, companhias duvidosas, que tinha perdido o emprego e que andava obcecado com ela porque achava que tudo lhe tinha corrido mal desde que tinha terminado o namoro.

Ela falou com ele. Disse-lhe que o ajudava de todas as formas mas não poderia voltar para ele. Ele disse que era tudo ou nada. Dois dias depois matou-se. Ela nunca se perdoou."

3 comentários:

McBrain disse...

**engole em seco**

Anónimo disse...

Essa não é uma história feliz. Mas foi um final só para ele. Para ela, a vida tem que continuar.

[T.S.Q.S]

AS disse...

E a vida continuou. Continua sempre, apesar de tudo. Só que o "e se" está sempre lá...