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03 maio 2006

A vida não está difícil para todos...

AR já gastou 948 mil euros em ajudas de custo
A Assembleia da República já gastou, só no primeiro trimestre de 2006, cerca de 38% do orçamento de 2,5 milhões de euros destinados às ajudas de custo aos deputados.

A notícia surge na edição desta quarta-feira do jornal Correio da Manhã, que refere ainda que, deste momento, mais de 948 mil euros foram gastos, entre Janeiro e Março, no pagamento das presenças dos deputados em reuniões plenárias e comissões parlamentares, e na deslocação de deputados residentes em círculos diferentes diferentes daqueles pelos quais foram eleitos.

Segundo o CM, os deputados residentes fora dos concelhos de Lisboa, Oeiras, Cascais, Loures, Sintra, Vila Franca de Xira, Almada, Seixal, Barreiro e Amadora têm direito a 64,89 Euros de cada vez que marcam presença numa reunião plenária ou comissão parlamentar, enquanto os parlamentares residentes nos concelhos acima referidos têm direito a apenas um terço desse valor, ou seja, 21,63 €.

Por outro lado, os deputados eleitos por um círculo diferente daquele onde está fixada a sua residência beneficiam de ajudas de custo até dois dias por semana (129,78 €), bastando, para tal, que preencham uma declaração e a entreguem nos serviços da Assembleia da República.


(in Diário Digital)

5 comentários:

Gimli disse...

eu acho que a culpa é só minha, por não ter conseguido um tacho assim...não tentei!

Barba Ruiva disse...

Hmmm... Então o outro não dizia que os deputados ganhavam pouco? Então não estávamos em tempos difíceis e de crise? Não eram necessários sacrifícios? Não era preciso conter a despesa pública? E o déficit e coisa e tal...
Cambada chulos e inúteis é o que eles são. Todos, sem excepção!
E pensar que em Portugal já existiu um político que morreu de fome em nome da honestidade! Se calhar porque não se considerava político, mas um servente do país!
É por estas e por outras que os políticos portugueses não me merecem nada mais que desprezo!

McBrain disse...

Infelizmente, os deputados são o reflexo do povo português.

A diferença é que a responsabilidade dos deputados vai muito além da responsabilidade de um mero funcionário público que fez o mesmo (porque eu acredito que muitos fizeram o mesmo!)

...mas nós portugueses pagamos o funcionário de todos!

O Barba Ruiva diz que são todos uns chulos e inúteis. Não. São tão chulos e inuteis como todos os outros portugueses, ou pelo menos estão na média, e esse é o problema!

Barba Ruiva disse...

Cada um sabe de si.
Disse o que disse porque não me revejo em nenhum deles e porque não é com o meu voto que nenhum deles lá está e portanto, aos meus olhos, a responsabilidade não é minha e a sua actuação não está legitimada. Assim como não aceito que sejam uma imagem ou reflexo da minha atitude perante a vida ou o espelho dos meus valores onde a honestidade está nos lugares cimeiros.
Pode ser que esteja acima, ou abaixo, dependendo do ponto de vista, da média e nesse caso o defeito, ou qualidade, é meu, mas isso não muda o facto de que, à luz dos meus valores, os adjectivos são adequados.

Opiniões são o que são.
Perante a actuação dos deputados, a minha opinião é aquela. Até prova em contrário...
Talvez seja um tipo com sorte, mas não acho que a maioria dos portugueses que conheço seja tão reles e baixa como os políticos. Muitos até admitem que não tinham estômago para seguir a carreira política.
Talvez por isso a abstenção seja cada vez maior...

Anónimo disse...

barba azul,

talvez a culpa seja exactamente da grande maioria dos portugueses, daqueles que nem se deslocam às urnas, permitindo que sejam eleitos os mesmos bandalhos de sempre.

Seria mais do que altura de se informar as pessoas, e de nas próximas eleições ganharem os votos brancos, que têm um significado completamente diferente, politica e legalmente, das abestênções.

Dando a minha mão à palmatória, penso que sim, que a responsabilidade é tão minha como tua, como da maioria que se abestem, pois é o nosso dever expressarmos a nossa opinião acerca da vida politica do nosso país, e a forma de expressar que não estamos contentes com os candidatos apresentados é votando em branco, não é abestendo-nos. Nas próximas eleições serei menos um a abester-me. É preciso que cada um de nós faça o mesmo, e vote, mesmo que em branco.