O "argumento" não difere muito: situando-se algures em Inglaterra do século XIX e a trama gira em volta de um lorde libertino e encantador; ou então com reputação de mau feitio e impossível de conquistar, e de uma mulher, nobre ou não, "encarregue" de fazer o belo aristocrata cair perdido de amor nos seus braços ingénuos e bem intencionados.
Mas o denominador comum mais curiosos nestes romances que rapidamente desaparecem dos escaparates está nos "manuais" de sedução utilizados pelos protagonistas para a conquista do outro - que nos lembram i que esquecemos na sociedade frenética em que vivemos, e que é sobretudo tempo para conhecer o outro, para explorar o outro, para o encantar, para o prender, para o saborear. É a arte praticada com mestria pelas grandes cortesãs que com estes livros procuramos avidamente perceber que não soçobrarmos nesta vida fast food em que a sedução só nos chega pela publicidade."
Sofia Barrocas - Notícias Magazine - 01 Agosto 2010
Faço minhas as palavras desta senhora. Não são grandes romances, daqueles que se lêem, se adoram e se voltam a ler vezes sem conta sem nunca perderem o brilho. Mas lêem-se bem e a mim fazem-me sonhar com o tempo em que a sedução era uma arte e as coisas não eram tão óbvias como são hoje em dia, em que a linguagem era cuidada e as palavras tinham um duplo sentido que nada tem a ver com a "linguagem traiçoeira" de hoje em dia. Dos livros citados, já li "A Cama da Paixão" e "Casamento de Conveniência" e confesso que gostei. As pessoas a quem os emprestei gostaram também...
Faço minhas as palavras desta senhora. Não são grandes romances, daqueles que se lêem, se adoram e se voltam a ler vezes sem conta sem nunca perderem o brilho. Mas lêem-se bem e a mim fazem-me sonhar com o tempo em que a sedução era uma arte e as coisas não eram tão óbvias como são hoje em dia, em que a linguagem era cuidada e as palavras tinham um duplo sentido que nada tem a ver com a "linguagem traiçoeira" de hoje em dia. Dos livros citados, já li "A Cama da Paixão" e "Casamento de Conveniência" e confesso que gostei. As pessoas a quem os emprestei gostaram também...
2 comentários:
...em que a linguagem era cuidada e as palavras tinham um duplo sentido que nada tem a ver com a "linguagem traiçoeira" de hoje em dia.
sim, sim, como a Jane Austen falar em "ejaculated" logo no primeiro capítulo... a mim parece-me traiçoeiro! :D
De um livro inteiro, só fixaste uma palavra?! Tss tss. Então e a célebre frase "It is a truth universally acknowledged, that a single man in possession of a good fortune, must be in want of a wife." não te diz nada?
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