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Faltam...

Daisypath Happy Birthday tickers

22 setembro 2007

Como gostaram da minha lista do ano passado, aqui vai a deste ano. Alguns itens são repetidos, mas isso apenas significa que continuo a querer essas coisas! :)

Podem ser generosos, eu não me importo!

Arthur Phillips - O Egiptólogo – Gótica
Hayley Westenra - Pure

DVDs
Animação (por ordem de preferência)
(BBC Jane Austen) Emma
My Fair Lady
Star Wars ( Episódios I, II e II e Trilogia Star Wars Episódios 4+5+6)


JOGOS Playstation 2
SingStar 80'S
Prince of Persi 3 - The Two Thones PS2


Acessórios, roupa e afins também é prenda! :D

21 setembro 2007

Moralismos

Um dos meus blogs preferidos é o Amante Profissional. Gosto da forma como a Paula Lee escreve, gosto da forma como ela pensa.
Estive a ler uma Visão antiga, onde fala de acompanhantes de luxo, onde a Paula Lee é entrevistada e dei por mim a pensar que não seria capaz de ser uma "amante profissional". Não porque se "dorme" com um estranho mas porque não sei como abordaria o potencial cliente ou como reagiria se o potencial cliente me abordasse.
E como os pensamentos são como as cerejas o facto de não ser o facto do pagamento ou da ocasionalidade do sexo não ser o que me incomoda na prostituição faz-me perguntar: será falta de moral da minha parte?

14 setembro 2007

Areias

Independentemente das inclinações partidárias...




Agradecimentos ao McBrain :)

12 setembro 2007

Porque é bom recordar..

Aqui está um dos meus desenhos infantis preferidos. Adorava vê-los quando era criança...


09 setembro 2007

BORED!

Aborrecimento.... Hum. Tenho pensado muito sobre o tema.

Eu compreendo que seja um estado de espírito, mas quero compreender o que me causa aborrecimento. Será que é porque não tenho criatividade suficiente para preencher os espaços "mortos" do dia? Ou será que é como canta a Shirley Manson, "You pretend you're high, You pretend you're bored, You pretend you're anything, Just to be adored"? Talvez sejam as duas coisas; Ou talvez esteja a sobreanalizar o que é simples; talvez deva parar com as perguntas sobre a vida e apenas vivê-la.

08 setembro 2007

Eros e Psique (III)

Psique, resolvida a reconquistar a confiança de Eros, saiu à sua procura por todos os lugares da Terra, dia e noite, até que chegou a um templo no alto de uma montanha. Com esperança de lá encontrar o amado, entrou no templo e viu uma grande confusão de grãos de trigo e cevada, ancinhos e foices espalhados por todo o recinto. Convencida que não se devia negligenciar o culto a nenhuma divindade, pôs-se a arrumar aquela desordem, colocando cada coisa no seu lugar. Deméter, para quem aquele templo era destinado, ficou profundamente grata e disse-lhe:

- "Psique, embora não possa livrar-te da ira de Afrodite, posso ensinar-te a fazê-lo com as tuas próprias forças: vai ao seu templo e rende-lhe as homenagens que ela, como deusa, merece."

Afrodite, ao recebê-la em seu templo, não esconde a sua raiva. Afinal, por causa daquela reles mortal, o seu filho tinha desobedecido às suas ordens e agora ele encontrava-se num leito, recuperando-se da ferida por ela causada. Como condição para o seu perdão, a deusa impôs uma série de tarefas que deveria realizar, tarefas tão difíceis que poderiam causar a sua morte.

Primeiramente, deveria, antes do anoitecer, separar uma grande quantidade de grãos misturados de trigo, aveia, cevada, feijões e lentilhas. Psique ficou assustada diante de tanto trabalho, porém uma formiga que estava próxima, ficou comovida com a tristeza da jovem e convocou seu exército a isolar cada uma das qualidades de grão.

Como segunda tarefa, Afrodite ordenou que fosse até as margens de um rio onde ovelhas de lã dourada pastavam e trouxesse um pouco da lã de cada carneiro. Psique estava disposta a cruzar o rio quando ouviu um junco dizer que não atravessasse as águas do rio até que os carneiros se pusessem a descansar sob o sol quente, quando ela poderia aproveitar e cortar a sua lã. De outro modo, seria atacada e morta pelos carneiros. Assim feito, Psique esperou até o sol ficar bem alto no horizonte, atravessou o rio e levou a Afrodite uma grande quantidade de lã dourada.

Não satisfeita por mais uma tarefa cumprida, Afrodite incumbiu-a de uma terceira tarefa e ainda mais complicada: teria de subir a cascata que provinha da nascente do rio Estige e trazer à deusa um frasco contendo um pouco daquela água escura. As pedras que davam acesso à cascata eram íngremes e escorregadias, e a queda da água era extremamente violenta. Era impossível satisfazer a exigência de Afrodite. Só se pudesse voar Psique realizaria a tarefa. Estava já disposta a desistir, quando surgiu uma águia, que lhe tirou o frasco da mão, voou até a fonte e apanhou uma porção do líquido negro. A água do Estige, porém, não saciou em Afrodite a sede de vingança.

Irada com o sucesso da jovem, Afrodite planejou uma última, porém fatal, tarefa. Psique teria que ir ao Hades, persuadir Perséfone a colocar numa caixa um pouco de sua beleza. Como pretexto, diria à rainha dos Infernos que Afrodite precisava dessa beleza para recuperar-se das longas vigílias à cabeceira do filho doente. Psique partiu, procurando o caminho dos Infernos. Já havia andado muito e sentia-se perdida, quando uma torre, apiedada da sua aflição, ofereceu-se para ajudá-la. Minuciosamente descreveu-lhe todo o itinerário que levava ao reino de Perséfone, mas alertou-a: "você encontrará pessoas patéticas que lhe pedirão ajuda, e por três vezes terá que escurecer seu coração à compaixão, ignorar os seus apelos e continuar. Se não o fizer, permanecerá para sempre no mundo das trevas. “ Psique fez tudo o que lhe indicou a torre, e assim conseguiu chegar à presença de Perséfone. Solícita, a rainha dos mortos atendeu ao pedido da jovem e entregou-lhe a caixa solicitada por Afrodite. Ouviu então uma voz que lhe dizia: "Quando Perséfone te der a caixa com sua beleza, toma cuidado para não olhar para dentro da caixa, pois a beleza dos deuses não cabe a olhos mortais." No entanto, Psique, tomada pela curiosidade, abriu a caixa para espiar. Ao invés de beleza havia apenas um sono terrível que dela se apossou.

Eros, curado de sua ferida, voou ao socorro de Psique e conseguiu colocar o sono novamente na caixa, salvando-a. Lembrou-lhe novamente que a sua curiosidade tinha sido novamente a sua grande falta, mas que agora podia apresentar-se à Afrodite e cumprir a tarefa. Enquanto isso, Eros foi ao encontro de Zeus e implorou-lhe que apaziguasse a ira de Afrodite e ratificasse o seu casamento com Psique. Atendendo ao seu pedido, o grande deus do Olimpo ordenou que Hermes conduzisse a jovem à assembleia dos deuses e a Psique foi-lhe oferecida uma taça de ambrósia. Então com toda a cerimónia, Eros casou-se com Psique, e no devido tempo nasceu o seu filho, chamado Voluptas (Prazer).

Eros e Psique, escultura de Antônio Canova, no Museu do Louvre, em Paris


Eros e Psique (II)

Quando as suas irmãs entraram no castelo e viram aquela abundância de beleza e maravilhas, foram tomadas de inveja. Notando que o esposo de Psique nunca aparecia, perguntaram maliciosamente sobre sua identidade. Embora advertida pelo seu marido, Psique viu a dúvida e a curiosidade tomarem conta do seu ser, aguçadas pelos comentários de suas irmãs.

Eros alertou-a que as suas irmãs estavam a tentar fazer com que ela visse o seu rosto, mas se assim ela fizesse, ela nunca mais o veria novamente. Além disso, ele contou-lhe que ela estava grávida e se ela conseguisse manter o segredo ele seria divino, porém se ela falhasse, ele seria mortal.

Ao receber novamente suas irmãs, Psique contou-lhes que estava grávida, e que sua criança seria de origem divina. As suas irmãs ficaram ainda mais enciumadas com a sua situação, pois além de todas aquelas riquezas, ela era a esposa de um lindo deus. Assim, trataram de convencer a jovem a olhar a identidade do esposo, pois se ele estava escondendo a sua cara era porque havia algo de errado. Se era realmente belo o jovem, por que se ocultava nas sombras da noite? Invadida pela dúvida e temor, Psique acabou por aceitar o conselho maldosamente planeado pelas irmãs: deveria preparar uma lâmpada e uma faca afiada: com a primeira, explicaram as invejosas, poderia ver o rosto do esposo; com a segunda, matá-lo se fosse o monstro.

À noite, retorna Eros, ardente e apaixonado como sempre. Enquanto se entrega ao amor, Psique esquece o próprio medo e a dúvida, mas depois, quando Eros adormece, a incerteza volta a invadir-lhe o coração. Silenciosa, apanha a lâmpada e ilumina o rosto do esposo. Para sua surpresa, o que viu porém deixou-a maravilhada. Um jovem de extrema beleza estava repousando com tamanha quietude e doçura que ela pensou em tirar a própria vida por haver dele duvidado. Enfeitiçada por sua beleza, demorou-se admirando o deus alado. Não percebeu que havia inclinado de tal maneira a lâmpada que uma gota de óleo quente caiu sobre o ombro direito de Eros, acordando-o.

Ele desperta, sobressaltado, e percebe o acontecido. Com profunda tristeza, Eros vai embora. E tentando alcançá-lo Psique apenas ouve-lhe ao longe na escuridão: "O amor não pode viver com desconfiança." Eros volta para junto da mãe, pedindo-lhe que cure seu ferimento no ombro e pede a Zéfiro que leve Psique para o reino de seu pai. Mas ao contar o que ocorreu, Afrodite percebe que foi enganada e passa a alimentar apenas um pensamento: encontrar a princesa rival e vingar-se.

Quando Psique se recompôs, notou que o lindo castelo em vivia desaparecera, e que estava bem próxima da casa dos seus pais. Psique ficou inconsolável. Tentou suicidar-se atirando-se para um rio próximo, mas as suas águas trouxeram-na gentilmente para a sua margem. Foi então alertada por Pan para esquecer o que se passou e procurar novamente ganhar o amor de Eros.

Por sua vez, quando suas irmãs souberam do acontecido, fingiram pesar, mas partiram então para o topo da montanha, pensando em conquistar o amor de Eros. Lá chegando, chamaram o vento Zéfiro, para que as sustentasse no ar e as levasse até Eros. Mas, Zéfiro desta vez não as ergueram no céu, e elas caíram no despenhadeiro, e morreram.

Eros e Psique (I)

Psique era a mais nova de três filhas de um rei de Mileto e era extremamente bela. A sua beleza era tanta que pessoas de várias regiões iam admirá-la, assombrados, rendendo-lhe homenagens que só eram devidas à própria Afrodite.

Profundamente ofendida e enciumada, a deusa enviou o seu filho, Eros, para fazê-la apaixonar-se pelo homem mais feio e vil de toda a terra. Mas a beleza de Psique era tão grande, que ao vê-la, Eros distrai-se e fere-se com uma de suas próprias flechas.

Apaixonado, nada disse à sua mãe; apenas limita-se a convencê-la de que finalmente estava livre da rival. Ao mesmo tempo que oculta os seus sentimentos, torna Psique inatingível aos mortais terrenos. Assim, embora todos os homens a admirem, nenhum por ela se apaixona, e apesar de infinitamente menos belas, suas irmãs logo se casam com reis. Psique, amada por Eros sem que o saiba, pensa que ninguém a ama. E, assim, porque é uma beleza humana cobiçada por um deus, permanece só.

O pai de Psique, suspeitando que, inadvertidamente, havia ofendido os deuses, resolveu consultar o oráculo de Apolo. Mas Eros já havia convencido Apolo a tornar-se num seu aliado na sua conquista amorosa. Assim para ajudar Eros, Apolo ordenou ao rei que enviasse a sua filha ao topo de uma solitária montanha, onde seria desposada por uma terrível serpente. A jovem aterrorizada foi levada ao pé do monte e abandonada pelos seus pesarosos parentes e amigos. Conformada com seu destino, Psique foi tomada por um profundo sono, sendo, então, conduzida pela brisa gentil de Zéfiro a um lindo vale.

Perto correm as águas claras de um regato e mais adiante ergue-se um magnífico castelo. Ao despertar, Psique ouve uma voz que a convida a entrar no castelo, banhar-se e depois jantar. No interior do castelo, não encontra ninguém, mas sente-se como se estivesse a ser observada. E no jantar doce música envolve-a, mas continua só. No íntimo, porém, pressente que, à noite, chegará o esposo que lhe fora prometido, a terrível serpente alada. E, realmente, ao anoitecer, chega até ela Eros, protegido pela escuridão. Psique começa a tremer quando sente que alguém entrara no quarto. No entanto, uma voz maravilhosa acalma-a. Logo em seguida, sentiu mãos humanas acariciarem o seu corpo e entrega-se a esse amante misterioso. Quando acordou, já havia chegado o dia e o seu amante havia desaparecido. Todas as noites a cena repetia-se e Psique entregou-se ao amante velado e, mesmo sem ver a sua face , dedicava-lhe intenso amor.

Numa das suas visitas nocturnas, Eros faz-lhe uma advertência: que se precavesse contra uma desgraça que lhe poderia advir por intermédio das irmãs, que a pranteavam no sítio onde fora deixada e do mesmo modo acrescentou, para evitar a desgraça, que ela não deveria jamais tentar ver o rosto do amado. No entanto, a princesa, embora prometesse ambas as coisas, deixou-se arrastar pela tristeza e pela saudade. E tanto chorou e pediu, que Eros consentiu na visita das jovens, mas impôs a condição que, não importando o que suas irmãs dissessem, ela nunca tentaria conhecer sua verdadeira identidade.

Canivete